A minha vida inteira eu tive cachorros.
Não foi exatamente uma escolha minha, mas minha família em geral sempre foi mais cachorreira.
Até que um dia, eu conheci a Rebeca - a gata do meu namorado, e me apaixonei por esses animais, em especial por ela...
Existe um fato sobre gatos que faz com que muita gente não goste deles. O fato é que gatos são mais auto-suficientes. Tanto que não é sempre que o gato virá lhe recepcionar quando você chega, abanando o rabo e fazendo folia pelo seu retorno.
Mas eles têm o seu jeito de demonstrar afeto, e não o fazem para qualquer um. Assim que você pode se sentir lisonjeado quando um gato mostrar que gosta de você.
A Rebeca fazia isso comigo. Claro, não abanava o rabo nem pulava como um cachorro, mas me cumprimentava da forma dela. Gostava dos meus carinhos e fazia carinho em mim, também, como retribuição.
Mesmo do jeito "gato", ela demonstrava que gostava muito de mim, e eu fazia o possível pra demonstrar a recíproca era verdadeira.
Nós tínhamos já a nossa relação muito bem consolidada, tanto que meu namorado já arriscava dizer que ela gostava mais de mim do que dele... Claro que não se compara à 14 anos de convivência com ele e com sua mãe... Eles sabiam o que significava cada miado, movimento, olhar e mania dela.
Mas acho que ganhei um pedacinho do coração dela. :)
Presto essa homenagem hoje, porque ontem à noite eu soube que ela morreu. Já estava com idade avançada para um gato - 14 anos, e como costumávamos dizer, estava nos bônus das vidas que poderia gastar. Já havia ficado doente muitas vezes, mas sempre voltava para agitar por aí mais um pouco.
Nos últimos tempos ela andava um pouco doente, e antes de eu vir embora, deixei pra ela uma caixa de papelão (artefato que agrada muito os gatos), esperando que talvez ela se animasse um pouco... Talvez na esperança de que pudesse vê-la ainda muitas vezes...
Infelizmente, dessa vez, ela se foi. E vai deixar uma saudade imensa...
Adeus, Rebeca.
Você fará muita falta...
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