quinta-feira, 5 de maio de 2011

Alice, at last.

Pegando emprestado uma fala do filme Alice no País das Maravilhas (2010), escrevo hoje sobre a jornada que nós enfrentamos para nos tornarmos aquilo que somos.
Questão de identidade, sim.

Tudo aquilo pelo que passamos na vida para conseguirmos alguma clareza de quem somos e do que queremos pra nós - e de como faremos para conseguir, também.

Não é fácil, mas frente a um desafio, como uma mudança grande na (ou de) vida, não podemos evitar de estabelecer alguns princípios próprios pra guiar o nosso caminho.

Deixo como ilustração esse vídeo que mostra três cenas do filme do Tim Burton, onde a Alice conversa com Absolem, a lagarta azul.

O que eles discutem, é justamente a jornada da Alice buscando a sua identidade, ou melhor, a afirmação da sua identidade.

Nesse momento, mais uma vez, me identifico com a Alice, me aproximando da Nicole que eu quero ser. :)

Enjoy...




Primeira parte:

Absolem (lagarta azul): Quem é você?
Alice: Absolem?
Absolem: Você não é Absolem, Eu sou Absolem. A questão é, Quem é você?
Alice: Alice.
Absolem: Isso nós veremos.
Alice: O que você quer dizer com isso? Eu devo saber quem eu sou.
Absolem: Sim, você deve, garota estúpida. Desenrole O Oráculo.
Coelho: O Oráculo, sendo um compêndio de calendário do Mundo Subterrâneo (Underland).
Alice: É um calendário.
Absolem: Compêndio. Mostra todo e cada dia desde o Início.
Coelho: Hoje é O Dia Griblig no tempo da Rainha Vermelha.
Absolem: Mostre a ela o Dia Frabjous.
Tweedledum: Mmm. Sim, Dia Frabjous sendo o dia em que você mata o Jabberwocky.
Alice: Perdão? Matar o quê?
Tweedledee: Oh, sim. Aquela seria você, ali, com a Espada Vorpal.
Tweedledum: Nenhuma outra espada pode matar o Jabberwocky, sem chance. Se não é a Vorpal, não está morto.
Alice: Essa não sou eu!
Mallymkun: Eu sei!
Coelho: Resolva isso para nós Absolem, ela é a Alice certa?
Absolem: Dificilmente.

Segunda parte:

Alice: Absolem?
Absolem: Quem é você? 
Alice: Eu pensei que já tínhamos deixado isso claro. Eu sou Alice, mas não aquela.
Absolem: Como você sabe?
Alice: Você mesmo disse.
Absolem: Eu disse que você dificilmente seria Alice, mas você é muito mais ela agora. Na verdade, você é quase Alice.
Alice: Mesmo assim, eu não poderia matar o Jabberwocky mesmo se minha vida dependesse disso.
Absolem: Dependerá. Então eu sugiro que você mantenha a espada Vorpal em suas mãos quando o Dia  Frabjous chegar.
Alice: Você parece tão real, às vezes eu esqueço que isso tudo é um sonho. Você poderia parar de fazer isso?

Terceira parte:

Absolem: Nada nunca foi conquistado com lágrimas.
Alice: Absolem? Por que você está de cabeça para baixo?
Absolem: Eu cheguei ao fim dessa vida.
Alice: Você vai morrer?
Absolem: Me transformar.
Alice: Não vá. Eu preciso da sua ajuda. Eu não sei o que fazer.
Absolem: Eu não posso te ajudar se você não sabe nem quem você é, garota estúpida.
Alice: Eu não sou estúpida. Meu nome é Alice. Eu vivo em Londres. Eu tenho uma mãe chamada Helen e uma irmã chamada Margaret. Meu pai foi Charles Kingsleigh. Ele tinha uma visão que se expandia por meio caminho ao redor do mundo, e nada nunca o impediu. Eu sou sua filha. Eu sou Alice Kingsleigh.
Absolem: Alice, enfim. Você era estúpida assim da primeira vez que esteve aqui. Você chamou de "País das Maravilhas" (Wonderland) se eu me recordo.
Alice: País das Maravilhas?

(lembranças do País das Maravilhas)

Alice: Não era um sonho nada, era uma lembrança. Esse lugar é real, e você e o Chapeleiro também.
Absolem: E o Jabberwocky. Lembre, a espada Vorpal sabe o que quer. Tudo o que você precisa fazer é segurá-la. Fairfarren, Alice. Talvez eu a veja em uma outra vida...

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Só de Sacanagem

"Meu coração está aos pulos!

Quantas vezes minha esperança será posta à prova?

Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.

Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?

Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?

É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.

Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.

Até hábeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.

Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."

Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.

Eu repito, ouviram? Imortal! SEI QUE NÃO DÁ PARA MUDAR O COMEÇO MAS, SE A GENTE QUISER, VAI DAR PARA MUDAR O FINAL!"

[Elisa Lucinda]

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