sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bullying - Casey Haynes - Firework

Desde que a história do menino Casey Haynes saiu na internet, através de um vídeo que o mostra se defendendo de uma ação de bullying de outro menino da escola, quero escrever sobre isso.

O vídeo que todo o mundo viu foi esse:



Agora descobri mais dois vídeos: um é uma entrevista com o próprio Casey e o outro é uma entrevista com a mãe do outro menino - o que o provocou (Richard Gale).

Pra quem quiser dar uma olhada:






Tudo bem, a repercussão desse(s) vídeo(s) pode ter sido positiva no sentido de colocar em pauta no nível mundial a questão do bullying.
Mas o que me preocupa é o quanto isso incentiva as vítimas de bullying a usar a mesma violência que sofrem para se defender.

Vocês podem dizer: Mas o que mais resta pra eles fazerem?
Afinal, todos que assistem o vídeo torcem pela vítima, esperando que o agressor tenha uma punição que o faça parar. Todos nós temos esse impulso... Inclusive eu.

Mas acredito que a solução não seja essa. Isso é como apagar um incêndio quando ele já comprometeu quase toda a estrutura. Pode apagar o fogo naquele momento, mas o estrago já foi feito.

Acredito que a escola deve estar atenta aos atos de violência entre os seus alunos - tanto física como psicológica e moral. Não é difícil perceber...
Sistemas de denúncia de atos desse tipo, por exemplo, podem servir para aqueles alunos que são ameaçados, ou para os observadores que não querem tomar partido com medo de serem a próxima vítima. Além, é claro, dos alunos que sofrem bullying frequentemente e não sabem a quem recorrer.

Como apareceu no vídeo da entrevista do Casey, que somente sua irmã dava força pra ele conseguir passar pelos dias. Ou seja, só ela viu o que ele estava passando.
Onde estavam os professores? O diretor da escola? Os pais?

A verdade sobre o bullying é que ele sempre ocorreu. A diferença nos dias de hoje é que tem um nome.
Todos nós vivemos ou presenciamos algum tipo de provocação na época da escola.
Naquele momento somos todos seres humanos desajeitados, e acontece que uns tem mais sorte que outros.

O problema é quando isso sai do controle e vira o "motivo", ou melhor, motivação da violência diária.
Isso não pode acontecer.
E pra esse tipo de situação deixar de ocorrer, as escolas e famílias precisam estar atentas e tomar atitudes...
As vítimas precisam de apoio, os agressores precisam de conscientização e as famílias precisam estar cientes do que ocorre com seus filhos - dos dois lados.

Só assim evitaremos que a escola vire um campo de guerra.

Lembremos que é da escola que saem os futuros cidadãos do mundo.


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Agora pra descontrair, uma música que eu acho muito legal, que fala no geral em auto-estima.

Resolvi colocar junto dessa postagem pois acho que o trabalho a ser feito com vítimas de bullying é justamente a auto-confiança, pra que não seja outra pessoa a definir o que você é ou não...

Firework
(Katy Perry)



Letra da música: http://letras.terra.com.br/katy-perry/1731882/traducao.html
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Só de Sacanagem

"Meu coração está aos pulos!

Quantas vezes minha esperança será posta à prova?

Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.

Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?

Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?

É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.

Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.

Até hábeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.

Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."

Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.

Eu repito, ouviram? Imortal! SEI QUE NÃO DÁ PARA MUDAR O COMEÇO MAS, SE A GENTE QUISER, VAI DAR PARA MUDAR O FINAL!"

[Elisa Lucinda]

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