domingo, 30 de maio de 2010

Uma nota sobre o amor



Eu sempre fui romântica.
Sempre fui aquela que acredita no amor.
Desde que me conheço por gente, queria viver uma história de amor.
Amor de verdade... sabe?
Ter uma pessoa com quem compartilhar os momentos bons e que estivesse comigo também nos momentos ruins...
Eu sempre pensei muitas coisas a respeito do amor. Tinha muitas teorias sobre como lidar com ele, como seria comigo se ele de fato estivesse presente na minha vida.
Demorou bastante...
Mas um dia, eu encontrei uma pessoa que desconstruiu tudo o que eu havia pensado...
E me ensinou uma nova forma de amar.
Me ensinou que o amor é muito mais do que eu imaginava. E muito mais complexo, diga-se de passagem.
E esta é a pessoa com quem eu desejo estar todos os dias.
Aquele em quem eu penso desde quando acordo, até quando vou dormir.
Aquele que faz com que eu me sinta feliz, só por saber de sua existência.. e de sua presença na minha vida.
A pessoa que conquistou meu coração, e todas as outras partes do meu ser.
E sim, que sempre está comigo, nos momentos bons ou ruins...
Encontrei aquele tipo de amor que eu chamaria de divino.
Mas gostaria de fazer uma nota sobre o amor.
O amor é divino, de fato.
Mas ele só aparece dessa forma para nós porque contrasta com a nossa humanidade.
O nosso engano está em pensarmos que o amor, por ser divino, nos torna divinos também.
O amor não nos torna divinos.
Pelo contrário, nós continuamos sendo humanos. E isso ainda se agrava...
Nós começamos a fazer de tudo para sermos a melhor pessoa do mundo, ao menos para aquele a quem amamos.
E nós conseguimos, por um tempo. Somos um para o outro alguém que faz os nossos olhos brilharem, e o coração bater mais forte.
Por um tempo isso é fácil.
Os momentos de alegria são mais comuns que as decepções e tristezas.
Porém, chega um momento em que nossa humanidade, nossas falhas por sermos humanos, falam mais alto.
E começa a ficar mais difícil..
Porque o amor é divino. Mas nós não somos.
O amor é divino, mas ele não faz milagres... na verdade, o amor em si, não faz nada.
Nós é que fazemos coisas por causa do amor.
Nós fazemos coisas por amar.
E o divino do amor reside justamente aí.
Está no esforço extra-humano que fazemos, por causa desse sentimento, para superar nossos limites, para sermos melhores. Para sermos alguém digno do amor de quem amamos.
A nossa humanidade pode às vezes machucar. Machuca quem amamos, e nos machuca também.
E isso nos deixa tristes, pois gostaríamos que só houvesse felicidade, como no "felizes para sempre".
Mas o amor de verdade, depois do "felizes para sempre" não é só felicidade.
Quando amamos de verdade, temos de nos esforçar, dia após dia, para que o amor não se acabe por causa da nossa humanidade, por causa das nossas falhas, por sermos simplesmente seres humanos.
Seres humanos que não deixam de ter defeitos por terem no coração um sentimento tão nobre e tão divino como o amor.



Amor da minha vida, eu te amo.
Obrigada por existir.
Obrigada por estar comigo.
Obrigada por nunca desistir.

_



É difícil para mim dizer as coisas
Que às vezes quero dizer
Não há ninguém aqui, a não ser você e eu
E aquela velha lâmpada de poste quebrada
Tranque as portas
Vamos deixar o mundo lá fora
Tudo que tenho para te dar
São estas quatro palavras esta noite...

Obrigado por me amar
Por ser meus olhos
Quando eu não podia enxergar
Por separar meus lábios
Quando não pude respirar
Obrigado por me amar
Obrigado por me amar

Eu nunca soube que tinha um sonho
Até que esse sonho era: você
Quando olho dentro de seus olhos
O céu tem um tom diferente de azul
Cruza meu coração
Eu não usarei disfarce
Se eu tentasse, você faria de conta
Que acreditou em minhas mentiras

Obrigado por me amar
Por ser meus olhos
Quando não podia enxergar
Por separar meus lábios
Quando não pude respirar
Obrigado por me amar

Você me levanta quando estou caído
Você soa o alarme antes que eu fique fora
Se eu estivesse me afogando você separaria o mar
E arriscaria sua própria vida para me resgatar

Tranque as portas
Vamos deixar o mundo lá fora
Tudo que tenho para te dar
São estas quatro palavras esta noite

Obrigado por me amar
Por ser meus olhos
Quando não podia enxergar
Por separar meus lábios
Quando não pude respirar

Obrigado por me amar
Quando não pude voar
Você me deu asas
Você separou meus lábios
Quando não conseguia respirar
Obrigado por me amar
Obrigado por me amar
Obrigado por me amar
Por me amar...

_

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Só de Sacanagem

"Meu coração está aos pulos!

Quantas vezes minha esperança será posta à prova?

Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.

Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?

Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?

É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.

Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.

Até hábeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.

Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."

Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.

Eu repito, ouviram? Imortal! SEI QUE NÃO DÁ PARA MUDAR O COMEÇO MAS, SE A GENTE QUISER, VAI DAR PARA MUDAR O FINAL!"

[Elisa Lucinda]

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