sábado, 18 de abril de 2009

underneath




Interior

Olhe pra nós, desfazendo nossos laços nessa cozinha.
Olhe pra nós, reforçando todas as nossas defesas.
Olhe pra nós, continuando a guerra no nosso quarto.
Olhe pra nós, abandonando o navio no meio das nossas conversas.

Não há diferença no que estamos fazendo por dentro
Que não se mostra como maiores sintomas lá fora.
Então por que gastar todo nosso tempo escondendo quem, no fundo, somos,
Quando temos a chave fundamental pra resolver a causa aqui:
Nosso interior.

Olhe pra nós, formando nossas panelinhas pra nos divertirmos.
Olhe pra nós, minúsculas crianças, as duas com o coração bloqueado.
Olhe pra nós, tendo aversão a todos os nossos defeitos.
Olhe pra censura dentro da minha própria cabeça.

Não há diferença no que estamos fazendo por dentro
Que não se mostra como maiores sintomas lá fora.
Então por que gastar todo nosso tempo escondendo quem, no fundo, somos,
Quando temos a chave fundamental pra resolver a causa aqui:
Nosso interior.

Como desperdicei minha energia precipitadamente...
Quando a luz que brilha do lado de fora tem que nascer aqui de dentro...
Preste atenção nas origens das mais simples razões...
Essa base de tudo, quando formada, se inicia dentro da nossa sala de estar...

Não há diferença no que estamos fazendo por dentro
Que não se mostra como maiores sintomas lá fora.
Então por que gastar todo nosso tempo escondendo quem, no fundo, somos,
Quando temos a chave fundamental pra resolver a causa aqui:
Nosso interior.

[Underneath - Alanis Morissette]

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Só de Sacanagem

"Meu coração está aos pulos!

Quantas vezes minha esperança será posta à prova?

Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.

Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?

Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?

É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.

Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.

Até hábeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.

Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."

Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.

Eu repito, ouviram? Imortal! SEI QUE NÃO DÁ PARA MUDAR O COMEÇO MAS, SE A GENTE QUISER, VAI DAR PARA MUDAR O FINAL!"

[Elisa Lucinda]

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